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O Problema Não É o Mundo

O Problema Não É o Mundo — São as Pessoas Que Não se Leem Hoje acordei com aquela sensação clássica de que o mundo não está ruim… as pessoas é que andam funcionando no modo economia de consciência . Todo dia alguém dá um show de falta de noção na vida real, na internet ou na fila do mercado (especialidade nacional). E aí eu percebi: tem gente que não passa da superfície da própria existência. Não se questiona, não se analisa, não se confronta. Quer um spoiler? Quem não se lê, não evolui. Foi pensando nisso que lembrei de um livro que sempre me cutuca quando começo a perder a fé no comportamento humano: Livro indicado: O Óbvio que Ignoramos — Jacob Pétry Se você acha que já viu de tudo na vida, este livro aparece para esfregar na sua cara que não viu nada — porque vive ignorando justamente o que está na sua frente. Pétry desmonta comportamentos automáticos, questiona crenças que aceitamos sem pensar e, o melhor: faz você perceber que o problema muitas vezes é… você mesmo. Sutil...

A fila do Sermão

Há filas que ensinam decência. E há filas que ensinam exatamente o contrário — a arte de empurrar a alma alheia. Hoje vi uma senhora com sacola cheia esperar educadamente. Ao lado, um homem com fone nos ouvidos interpretava a pressa do mundo como licença para transformar o espaço público em seu reino de ego. Cortou, calculou, esticou o braço: “Só passo na frente, é rapidinho”. Rapinho é o conto de fadas dos inconvenientes. O que me impressiona é a fantasiosa ética de quem acha que o próprio tempo vale mais do que o de todos. Como se os minutos dele tivessem mais quilates. Pergunto: desde quando a pressa virou argumento? Desde quando a ausência de educação virou prioridade? A fila ensina paciência. Mostra o quanto esquecemos de olhar para o outro. E quando alguém resolve ensinar com antecedência, a plateia aplaude o que antes era imperdoável: a grosseria disfarçada de eficiência. Se a vida fosse só dessa pressa, ainda bem que existem filas. Elas nos lembram que, por enquanto, o mund...

A Ética saiu para o Recreio e não voltou mais

Mais uma vez estou aqui — e, como sempre, outra indignação me aparece. Vim visitar minha mãe, que trabalha com van escolar para uma escola pública. Pela manhã, todos os funcionários se reúnem para o café, com bolachas e risadas, prontos pra começar o dia. Minha mãe vai à escola três vezes por dia para fazer seu serviço, e nessas idas e vindas, alguns funcionários pegam carona com ela. E, como em todo ambiente de trabalho, as fofocas correm soltas. Mas desta vez, não é só fofoca: é absurdo mesmo. Ela ficou sabendo que acontecem roubos dentro da própria escola — e não de pessoas de fora, mas dos próprios funcionários. Sim, você leu certo. A cozinheira… e até a própria diretora. Eles roubam alimentos que deveriam ser das crianças. Comem ou levam pra casa o que foi destinado à merenda. Enquanto isso, as crianças comem maçãs cortadas em quatro pedaços, quando o certo seria cada aluno receber uma maçã inteira. E tem mais: a senhora cozinheira coloca colher de boca diretamente na comida das c...

A advogada sem NoçãoO

  💭 Mais uma Observação Ácida da minha Vida... Aí vai mais uma observação ácida da minha vida — mais uma prova de que não importa a profissão: quando a pessoa só enxerga o próprio umbigo, o “dane-se o próximo” fala mais alto. Fui demitida sem justa causa de uma empresa e, através da terapia (que ainda faço e recomendo — todos deveriam fazer!), recebi indicação da minha psicóloga sobre uma advogada. Movi uma ação contra a empresa, ganhei o processo, e tudo certo. Recebi o primeiro repasse, e ainda restavam algumas parcelas. Até aí, tranquilo. Só que surgiu a oportunidade de comprar uma casa, e — como gosto das coisas feitas direitinho (sim, sou insuportável com isso) — procurei a mesma advogada para me orientar. Não pedi favor, só orientação. Ela deixou claro, várias vezes, que por eu já ser cliente do escritório, não cobraria a consulta . Repetiu isso tantas vezes que até achei exagero. Agradeci, paguei apenas a taxa pra puxar a matrícula do imóvel, e pronto. Depois de es...

Carta de ApresentaçãoO

📨  Seja bem-vindo(a) ao Diário de uma Observadora Ácida Alguns colecionam figurinhas, outros memórias. Eu coleciono absurdos do cotidiano — os comentários fora de lugar, as contradições disfarçadas de “opinião”, os pequenos espetáculos do ego humano que acontecem todos os dias diante dos nossos olhos. Bem-vindo(a) ao Diário de uma Observadora Ácida , um espaço onde o sarcasmo é ferramenta de análise e a ironia, uma forma de carinho. Aqui, falo do que vivi, ouvi e engoli (ou não). Situações reais, pensamentos fora da curva e reflexões que às vezes queimam um pouquinho — mas curam. Não prometo conforto, mas prometo sinceridade. Se você também observa o mundo com uma sobrancelha arqueada e uma risada contida, então vai se sentir em casa por aqui. Pegue seu café (ou sua paciência) e vem comigo. A acidez é opcional — mas o olhar crítico, esse é obrigatório. Atenciosamente, A Observadora Ácida